28 de fev. de 2013

Atrasado, em Paz!



Todo dia na saída do metrô, indo para o meu trabalho aqui em Hong Kong eu encontro uma senhora que recolhe jornais das pessoas para os vender, o lugar que os compra é perto do edifício em que trabalho. Devido a idade avaçada ela carrega esses jornais com dificuldade, pois são muitos, e acaba pesando.
Ae vêm uma linda história pra vocês: o jovem que todo dia via o sofrimento de uma senhora que tinha que carregar muito peso afim de ganhar alguns (poucos) trocados, resolveu ajudá-la nesse trajeto, acabam ficando muito amigos e tomam o chá das cinco juntos todos os dias, até hoje.
Não.
Sim, eu ajudo a senhora.
Atrasado, como sempre, outro dia estava ajudando esta senhora e me peguei preocupado com o horário que ia chegar no escritório. Isso me deixou assustado. Estava mais preocupado em chegar no horário, o que não muda nada na vida de ninguém, do que alegre em poder ajudar alguém e fazer o dia daquela pessoa melhor.
A gente vive nesse mundo onde todos querem resultados, querem que cumpramos horários, que sejamos dedicados, atinjamos as metas a qualquer custo e estamos perdendo a habilidade de desfrutar dos momentos realmente importantes da vida, como eu o fiz.
O pai leva o filho no parque pensando na reunião de segunda, o filho senta na mesa de jantar com a família pensando em acabar logo para voltar pro virtual ou nos trabalhos da facul e assim vai…
Não sei quanto a você, mas eu quero chegar atrasado, não pelo simples fato de chegar atrasado, não atrasado sem paz, quero chegar atrasado sabendo que perdi alguns momentos inuteis de trabalho para ser útel e amar alguém e ter paz, estar feliz por isso!
             Que consigamos voltar a identificar e aproveitar momentos como esse de felicidade, amém.