Todo
dia na saída do metrô, indo para o meu trabalho aqui em Hong Kong eu
encontro uma senhora que recolhe jornais das pessoas para os vender, o
lugar que os compra é perto do edifício em que trabalho. Devido a idade
avaçada ela carrega esses jornais com dificuldade, pois são muitos, e
acaba pesando.
Ae
vêm uma linda história pra vocês: o jovem que todo dia via o sofrimento
de uma senhora que tinha que carregar muito peso afim de ganhar alguns
(poucos) trocados, resolveu ajudá-la nesse trajeto, acabam ficando muito
amigos e tomam o chá das cinco juntos todos os dias, até hoje.
Não.
Sim, eu ajudo a senhora.
Atrasado,
como sempre, outro dia estava ajudando esta senhora e me peguei
preocupado com o horário que ia chegar no escritório. Isso me deixou
assustado. Estava mais preocupado em chegar no horário, o que não muda
nada na vida de ninguém, do que alegre em poder ajudar alguém e fazer o
dia daquela pessoa melhor.
A
gente vive nesse mundo onde todos querem resultados, querem que
cumpramos horários, que sejamos dedicados, atinjamos as metas a qualquer
custo e estamos perdendo a habilidade de desfrutar dos momentos
realmente importantes da vida, como eu o fiz.
O
pai leva o filho no parque pensando na reunião de segunda, o filho
senta na mesa de jantar com a família pensando em acabar logo para
voltar pro virtual ou nos trabalhos da facul e assim vai…
Não
sei quanto a você, mas eu quero chegar atrasado, não pelo simples fato
de chegar atrasado, não atrasado sem paz, quero chegar atrasado sabendo
que perdi alguns momentos inuteis de trabalho para ser útel e amar
alguém e ter paz, estar feliz por isso!
Que consigamos voltar a identificar e aproveitar momentos como esse de felicidade, amém.